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Clóvis Venâncio
MÊS VOCACIONAL

 

 

A Igreja Católica consagra Agosto como o mês vocacional, com vistas a que sejam promovidos nas comunidades, momentos de reflexão sobre o significado e a importância das diversas vocações específicas que todos os cristãos batizados devem assumir, sejam eles religiosos ou leigos.

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Assim, para um melhor entendimento sobre o assunto é de muita importância que tenhamos em mente quais são os conceitos de Vocação e de Missão de todo cristão batizado na Igreja de Cristo. Com efeito, estes dois termos são intrinsecamente relacionados.

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O termo vocação deriva da palavra latina “vocare”, que significa chamado e, para todo cristão autêntico deve ser entendido como um chamado de Deus que objetiva a plena realização da pessoa humana. Este “chamado” origina-se no batismo e implica, necessariamente, em assumirmos uma “missão”, já neste mundo, em nossa existência de filhos amados de Deus Criador, sem o que permaneceremos afastados Dele e, por isso poderemos não alcançar a felicidade eterna no Céu.

 

SUBSÍDIOS DOUTRINÁRIOS: (Mt 4, 18-22; 10, 7-16)

Os primeiros discípulos: Caminhando ao longo do mar da Galiléia, Jesus viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro e André, seu irmão, a lançarem a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: Segui-me e vos farei pescadores de homens. E eles imediatamente, deixando as redes, seguiram-no. Prosseguindo dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, no barco, com o pai Zebedeu, a consertarem as redes e chamou-os. E estes imediatamente, deixando o barco e o pai, seguiram-no.

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Os doze e a sua missão: Por onde passardes, pregai: “Está próximo o Reino dos céus”. Curai enfermos, ressuscitai mortos, limpai leprosos, expulsai demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes. Não procureis ouro nem prata nem cobre para os vossos cintos, nem alforje para a viagem, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque o trabalhador tem direito ao seu sustento. Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos se nela há alguma pessoa honrada e hospedai-vos aí até partirdes. E, ao entrares na casa, saudai-a. E se a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não for digna, a vossa paz volte para vós. E se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes dessa casa ou cidade sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra terão sorte mais favorável do que essa cidade.

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Vede que eu vos envio como ovelhas para o meio dos lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.

 

CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS:

Nos textos acima vemos como Jesus, categoricamente e com grande autoridade convoca ou chama os primeiros discípulos para segui-lo. Como vemos, portanto, na Igreja de Cristo os termos vocação e missão são intrinsecamente relacionados.

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Por outro lado, o conjunto de todos os cristãos batizados constitui o corpo da Igreja de Cristo, cuja missionariedade é continuar a sua obra salvadora pela evangelização do mundo inteiro, ou seja, ensinar quem é Jesus Cristo e qual a sua Doutrina para alcançar a salvação eterna. Essa missionariedade é desenvolvida na Igreja Católica, através das atividades das diversas pastorais e equipes integradas por leigos e religiosos, coordenados por presbíteros, diáconos e outras pessoas consagradas, sob a orientação maior de cardeais, bispos e, acima de todos, do próprio Papa.

 

É neste contexto que apresentamos algumas considerações sobre como se insere a Pastoral do Dízimo dentro da missionariedade de sua ação evangelizadora. De fato, as equipes do Dízimo, tanto ao nível diocesano, como ao nível paroquial e de suas comunidades (capelas), não são apenas grupos de pessoas voltadas a arrecadar recursos financeiros para a Igreja como simples cobradores. Sua missão de fato, é evangelizar os demais membros da comunidade em que vivem ou atuam, tanto pela vivência pessoal (testemunho) de seus integrantes, como pela palavra, escrita ou falada, conscientizando a todos que, ser dizimista é partilhar um pouco de tudo o que somos e temos, pois, tudo recebemos de Deus. É evidenciar a todos que ser dizimista implica em uma verdadeira conversão pessoal por amor a Deus e ao próximo. É participar efetivamente da vida da comunidade, pondo em prática no dia-a-dia os ensinamentos do Senhor. Entretanto, faz parte, também, da missão dos membros da Pastoral do Dízimo, deixar bem claro a todos que, mesmo que já se esteja atuando em outras pastorais ou atividades da Igreja, mas, tendo-se rendimentos financeiros pessoais, jamais estaremos dispensados de contribuir com o Dízimo, tão necessário para a manutenção da ação missionária da Igreja.

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Finalizando, exortamos a todos os que foram batizados na Igreja Católica e que, por consequência, são discípulos missionários de Jesus, que procurem, sobretudo neste mês de agosto, fazer um bom exame de consciência para constatarem se estão sendo cristãos coerentes, buscando conhecer cada vez mais e melhor o Evangelho de Jesus e, sobretudo, pondo-o em prática em sua vida.

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(Publicado na Revista Voz da Igreja - Arquidiocese de Curitiba - PR - ago/2016)

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